quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Não. Não é no MEU tempo.


Sim, fico tempos sem vir aqui.
Não. Não sou uma escritora "normal".

Não é segredo que não me sinto "normal".
Também não é segredo o quanto eu gostaria de me sentir  assim.
Não é segredo que a dor extrai da minha alma um som ou poesia, que, de uma maneira ou outra, acaba tocando outras almas.
Também não é segredo que minha alma não escolhe seus sons e poesias.
Quando a dor faz seu trabalho, apareço por aqui.

Mas às vezes, eu me perco...
Em momentos, me perco pensando que não estou me dedicando como deveria para que novos e elaborados sons e poesias viessem, enfim.
Então, logo me lembro que não sou eu quem controlo QUANDO ou COMO vêm esses sons ou poesias.
Não. Não é no MEU tempo.
Em outras vezes, penso que, por mais belos que sejam os sons e as poesias, eu nem gostaria de tê-los, já que preciso da dor para que eles venham.

As pessoas não entendem.
Para algumas, é um "drama desnecessário".
Mas não posso esperar que entendam.
Não espero que você me entenda, caro leitor.
Só a alma que toca outras almas entende o processo.
Só a alma que nasceu assim... Detalhista, sensível, intensa.... Poeta.
Só essas almas não julgam "o drama desnecessário" da melancolia.

Não. Não é no MEU tempo.
O drama da melancolia gira em torno, exatamente, do TEMPO.
Já vieram sons e poesias sobre ele.
Já cantei, escrevi e ensinei que ele é AMIGO.
O problema é que a visão embaça, ao olhar em volta e ver TUDO acontecendo para os outros, e nada acontecendo, por um bom tempo... pra mim. Quando isso acontece, a amizade do tempo é sufocada pela aguda dor da ESPERA.

E aí, se torna um problema não saber lidar com a espera MAIS UMA VEZ.
Se torna um problema voltar a não aceitar a "anormalidade" da vida da alma poeta.
Porque as pessoas "normais"... vêem a vida passar e tudo seguir uma rotina tão lógica e simples.
As pessoas "normais", em sua maioria, parece que nem se preocupam com o tempo.
Elas simplesmente vivem as coisas e nem estavam esperando por elas.
Outras nem queriam o que vivem. Não planejaram o que vivem.
Mas vivem. De uma maneira assim...  "normal".
A natureza é assim... Tem um curso... "normal".

Mas para as almas poetas... Não existe "maneira normal".
Nem a natureza se mantém "normal".
Intensidade na espera.
Intensidade na emoção.
Intensidade na entrega dos sons e das poesias.

Não. Não é no MEU tempo.
Portanto, aos cobradores de plantão...
Vamos esclarecer...
Não. Eu não componho QUANDO quero.
Não. Eu não gravo CD QUANDO quero.
Não. Eu não escrevo QUANDO quero.
Não. Eu não fui amada QUANDO eu quis.
Não. Eu não me casei QUANDO eu quis.
Não. Eu não fui mãe QUANDO eu quis.
Sim. A dor trabalha em mim.

Não. Não é no MEU tempo.
Sim. Dói não ser no MEU tempo.
Sim. Dói não ter o controle do tempo.
Não. Eu não posso ter o controle de nada.

Porque o controle eu entreguei.
Talvez eu não soubesse que seria doloroso.
Mas quando penso lucidamente na dor do Maestro a quem entreguei o controle...
Me envergonho, quando olho para aquilo que chamo de dor.
Por vezes, eu não quero a dor.
Por vezes, eu quero apenas GANHAR o que tanto espero.
E quando a espera começa a me sufocar, eu PRECISO apenas me lembrar...

Que, pelas leis do meu Maestro...
Quem PERDE é quem ganha.
Quem SOFRE é quem ama.
Quem  SERVE é maior.
Quem DEPENDE vive o melhor.

Não. Não é no MEU tempo.
Nunca foi. Preciso entender que NUNCA será.
E mesmo que a dor da espera nunca me abandone...
Eu nunca me arrependerei.
Continuarei a amar. Cantar. Escrever. Ensinar...
Que... Não. Não é no NOSSO tempo.

O Maestro manda.
Eu me submeto. Ainda que aos prantos, rastejando, ou mesmo em pedaços.
ELE FOI PARTIDO POR MIM.
Ele é meu Rei.
A música da minha vida... é dEle... pra Ele... por causa dEle.
ELE soube o que é padecer.
E só ao olhar para Ele, a melancolia se vai.
A esperança vem. Os sons e as poesias chegam.
Mais uma marca da dor fica.

Não. Não é no MEU tempo.

"...há um tempo determinado para todas as coisas debaixo do céu..."
(Eclesiastes 3.1)


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Insatisfação.


E de repente... você se vê...
Quase dois anos depois de um de seus maiores sonhos se tornar uma conquista sofrida.
Você se delicia com os flashes das emoções intensas da música da sua vida.
Você se perde no meio das lembranças do processo que, finalmente, acabou.
Você se recorda de cada pausa, ralentando, e cada "da capo" (que foi quando a música recomeçou)...

E ali, depois de viver o compasso mais épico que a música da sua vida já experimentou...
O inquestionável vem à tona. O inevitável te questiona.
E a conclusão se posiciona.

Você não está completo.

Mas disso você já sabia. Sabia na teoria.
Já até viveu na prática. E como viveu!
Já compôs sobre isso. Cantou e ensinou exaustivamente sobre isso.
Mas isso... o que você temia... infelizmente aconteceu.
No meio de tanta coisa... você simplesmente se esqueceu.

Você NUNCA será completo enquanto estiver aqui.

Você se pega pensando por quê sente falta de algo.
Afinal, o primeiro grande sonho da sua vida já se concretizou.
Todo o choro e a longa espera... Tudo, milagrosamente passou.
Talvez, alguns culpem o famoso "processo de adaptação".
E realmente você quase enlouquece no meio de tanta informação.
Você não estava acostumado a toda uma vida de administração.
Administrar tempo, tarefas, carinhos, descobertas e as inseguranças do seu coração.
Definitivamente, nada é mais difícil que administrar tanta emoção.

Por vezes, você se acha completamente incapaz.
E, ao mesmo tempo, você desfruta dos momentos mais sublimes, que afogam tudo o que ficou pra trás.
Num dia, desesperado, você quer voltar no tempo.
Em outro, você quase ora para que o tempo pare ali.
Do pânico ao ápice do prazer.
Você surta, mas, enfim, se lembra que isso... Isso é viver.

No meio dessa montanha russa, seu coração luta para ser grato.
Mas, às vezes, você se vende... por um preço tão barato.
E em alguns dias você consegue se manter, naturalmente, mergulhado em gratidão.
Em outros, você não consegue, porque retorna sua antiga companheira: a dona INSATISFAÇÃO.

É a contradição factual.
Você sonha. Chora. Você espera. E chega a hora.
Mas a hora passa, e a conquista não eterniza a alegria que você sente.
Sua companheira logo está de volta.
Seus próprios amigos a colocam na porta da sua mente:
"E o próximo CD? Quando vem o primeiro bebê?"
Parece que nunca é o bastante. E sempre tem que existir algo que você precisa esperar.
Então, insatisfeito, você se vê compelido a novamente sonhar.

Não está de todo errado.
Sonhar te motiva a caminhar.
Mas quem só caminha porque sonha, tende a sempre se decepcionar.
A decepção te cresce. Você sofre e amadurece.
O problema é só quando, de tanto sofrer, você simplesmente se esquece.
Esquecer do seu destino é o pior abismo em que você pode cair.
Quanto mais você sonha com conquistas, mais você quer ficar aqui.
E... aqui... aqui não é o seu lugar.
O verdadeiro propósito das decepções é, de tempos em tempos, o seu foco ajustar.

A falta que você sente, mesmo diante de tudo que conquistou...
É pra te lembrar, constantemente, de que seu destino ainda não chegou.
Você está aqui de passagem.
Isso explica porque você sente essa infindável saudade.
Saudade de um lugar onde ainda nem esteve.
Saudade daquEle que, por te amar tanto, no meio de tudo, sempre te manteve.

Insatisfação é um filtro que te ajuda.
Se aprender a bem usá-la, ela pode te livrar de uma terrível dor aguda.
O equilíbrio dá a ela um imenso poder.
Pra que, no meio de tantas conquistas, você não venha se perder.
Não se perca, insatisfeito, e aprenda a agradecer.
Não se perca, insatisfeito, e se lembre do que você ainda vai viver.

Nada se compara ao lugar para onde você vai.
Nenhuma conquista dessa terra pode ser melhor que estar, eternamente, ao lado do Seu Pai.
A música da vida um dia vai terminar.
E o significado único de SATISFAÇÃO você só vai conhecer no seu verdadeiro lar.

.

"Tudo fez Deus formoso em seu devido tempo; também colocou no coração do homem a ETERNIDADE..." (Eclesiastes 3.11)

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele... E o mundo passa, e a sua ganância por satisfações materiais, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (1 João 2.15, 17)









segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

"AQUELA DOS 30".

30...
De DEZEMBRO.
30... aniversários.

Sim, hoje completo 30 anos.

Chegar aqui me faz pensar em TANTA coisa!
(Que novidade, não é, meus leitores?... rs)

Foram 30 anos de uma música surpreendente, com notas dissonantes, muitas pausas, "ralentandos", "crescendos", "da capos" e repetições, muitas repetições.

Cada compasso teve sua importância. Cada estação cumpriu seu papel.
Cada outono frio deixou sua marca. Cada pausa trouxe requinte à essa música em execução.

Teve cada surpresa do Maestro e Autor... Teve um pouco de tudo.
E tudo me fez ser quem hoje sou.

Teve MILAGRE.
Minha mãe sofreu por anos de uma hemorragia, e durante seis anos não conseguia uma gravidez de sucesso. No sétimo ano do casamento e das tentativas, eu vim.

Teve AMOR.
Sempre recebi tanto amor dos meus pais... Meu coração chega a doer quando penso neles, porque é tanto amor que parece que vou explodir. Eles me educaram com tanto carinho, tanta sabedoria, e me apresentaram o TESOURO mais precioso da minha vida: JESUS. Não me esqueço das noites incontáveis de histórias antes de dormir. Minha mãe já contava as histórias de trás pra frente e eu a ajudava, de tanto que havia ouvido. Minha preferia era a história de Abraão, porque só terminava lá em José do Egito. (Sim, só fui conhecer os "Contos de Fada" quando entrei para a escola. E nenhum deles conseguiu superar e tomar o lugar da minha história preferida.)

Teve DEDICAÇÃO.
Nunca vou me esquecer dos exemplos diários dos meus pais. E que exemplos! De... Caráter, integridade, honestidade, comprometimento, lealdade, generosidade. Eles se sacrificaram, deixaram de ter coisas, pra que eu pudesse construir um futuro com coisas que eles não puderam ter. A entrega deles me constrange, porque até hoje eles se doam por mim (e já pensam nos netinhos... rs). Comprometidos, me ensinaram a nunca ser mole pra fazer as coisas de Deus, foi com eles que aprendi que: MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA.

Teve SOLIDÃO.
Ao longo da minha infância e adolescência, fui tão atormentada por sentimentos que quase me levaram a tirar minha vida. Sim, eu desejava não acordar. Passei 2 anos chorando todos os dias, antes de dormir. Eu me achava a pior em tudo. Me sentia inútil. Não queria ver ninguém. Eu não era aceita em nenhum grupo. Tinha vergonha de tudo e de todos. Eu vivia no meu casulo, no meu mundo.

Teve SUPERAÇÃO.
Entender que eu existia por causa de algo maior que eu mesma... Me fez ser outra pessoa. Na verdade, me fez ser quem eu deveria ser. Não mais aquela menina triste, deprimida, querendo morrer. Mas alguém que sai da cama todos os dias porque sabe que tem gente esperando pra ouvir, ver e sentir O AMOR capaz de transformar e mudar QUALQUER história. 

Teve DESCOBERTA.
Os anos iam se passando e descobri que O Autor da minha história havia colocado coisas em mim, que um dia tocariam outras vidas. Escrevi, compus, cantei, ensinei... Descobri que o potencial dEle está em mim, e que é muito maior que eu mesma. Descobri que NADA é fácil na vida, porque a gente não está aqui pra descansar. Nosso descanso será com Ele, na eternidade, por isso, aqui é ralação, é FACA NA CAVEIRA, treinamento de tropa de elite. Porque a nossa "luta" não é brincadeira. 

Teve CHORO.
Muito choro. Chorei por amar tanto e não saber lidar com isso. Chorei por ser sozinha. Chorei por não poder fazer coisas que eu gostaria. Chorei por não entender tanta coisa. Chorei por querer ser diferente. Chorei porque gente me fez chorar. 

Teve PRESSÃO.
Eu vivi tantos "quase"... Tanta coisa "quase" aconteceu... E nesses quase eu era obrigada a não desistir, porque sempre tinha gente olhando pra mim e esperando alguma coisa. Eu podia estar sem chão (como fiquei várias vezes), mas eu tinha que ser faca na caveira, não podia pedir pra sair. Afinal, missão dada é missão cumprida.

Teve DECEPÇÃO.
Porque pessoas erram. Pessoas não são perfeitas. E sempre que minha expectativa esteve nelas, nas pessoas, eu me decepcionei. Elas entravam na minha vida e saíam, levando um pedaço de mim, sem me devolver o que era meu e sem retribuir o que eu havia dado. 

Teve SONHO e SURPRESA.
Em meio às idas e vindas... Deus me surpreendeu trazendo, NA HORA CERTA, DO JEITO CERTO, aquilo que meu coração precisava. Eu sonhei a vida inteira. Eu sempre tive tanto amor dentro de mim... Deve ser por isso que sempre cantei e escrevi sobre o amor. Eu sonhava em amar e ser amada. E em VÁRIOS momentos pensei que isso não aconteceria. Mas as surpresas de Deus são infinitamente maiores do que a gente consegue imaginar. A surpresa do amor chegou pra mim. Ele me permitiu viver o que eu mais sonhava: dividir minha vida e construir uma vida com alguém. Ele me surpreendeu me dando  o homem que eu precisava, um pouco diferente do que eu queria. Mas EXATAMENTE o que eu precisava. Tantas surpresas que fazem meu coração sorrir.

Teve PRESENTE.
No meio de tudo... recebi o maior presente que um ser humano pode ter. Eu não conheci ao Autor da minha história apenas de ouvir falar. Eu O EXPERIMENTEI. Eu não O conheço mais, apenas, das histórias de antes de dormir. Eu SEI quem é o MEU DEUS. Eu sei de onde Ele me tirou. Eu sei o que Ele já fez em mim e por mim. Eu sei quem eu sou nELE, por causa dEle. Eu sei quem ELE é. Eu sei... que saber disso tudo é o maior presente que ELE poderia me dar. Eu sou consciente de que Ele é o ar que eu respiro, que eu vim dEle e vou voltar pra Ele. Eu vivi COM ELE os momentos mais lindos da minha vida. Foi no meu quarto, só eu e Ele, que passei pelas experiências mais sublimes desses meus 30 anos. Porque Ele ouvia o meu choro. Ele ouvia meus desabafos. Ele sentava no chão comigo, e quando eu já estava sem forças, deitada no meio da poça de lágrimas, Ele passava a mão nos meus cabelos. E era Ele quem cantava no meu ouvido todas as músicas que já escrevi. Ele me deu o dom de tocar corações, porque Ele mesmo me ensinou a encostar o meu coração no dEle. Tem presente melhor que esse? Não. Não tem.

Teve TANTA COISA... E ainda tem... Hoje... aos 30...

Tem GRATIDÃO.
Olhar pra trás e me lembrar de cada detalhe, me faz apenas AGRADECER. Porque O Autor da minha história escreveu no Seu livro cada um dos meus dias, antes mesmo que nenhum deles ainda existisse. (Salmo 139.16) Porque Ele me permitiu conhecê-lo a cada ano mais... E hoje eu saio da cama consciente. Hoje eu respiro porque Ele soprou em mim. Hoje eu dou gargalhadas porque Ele cumpriu desejos do meu coração. Hoje eu O agradeço porque Ele permitiu que meu pai me levasse no corredor da igreja para o homem que Ele escolheu pra dividir e construir a vida comigo. Hoje eu suspiro toda romântica, porque Ele me inspira a compor poesias que falam de tudo que Ele fez em mim, e permite a esse passarinho cantar por aí, elevando corações a esse mundo sublime tão nosso, onde feridas são curadas, esperanças renovadas, sonhos restaurados, objetivos ajustados e destinos feitos novos.

São 30 anos de vôo desse passarinho, que nunca imaginou que estaria onde está.30 anos dedicados àquele que disse o meu nome na eternidade e me formou no ventre da minha mãe.Eu O amo mais que tudo. Eu O amo porque Ele me amou primeiro. Eu O amo porque ELE ME AMA.E isso... Isso basta.
Eu sou dEle, vivo para Ele. Ele é a razão de existir e me mover.E que venham mais 30 ou quantos anos Ele quiser. Canta, passarinho! Voa, passarinho! Faça conhecido O seu Criador!
= ) 

AH... DONA PAUSA...

15 de Dezembro de 2012.


Ah... Senhora Dona MÚSICA...
Ah... Senhora Dona VIDA...
Eu e vocês, Música e Vida... Todas, nos curvamos diante de um só.
ELE, O MAESTRO. O AUTOR.
Compositor e Executor dessa obra chamada MÚSICA DA VIDA.

A gente tenta entender, tenta decodificar...
Mas a beleza das maiores obras de arte está exatamente aí...
Na ausência da LÓGICA.
Por que eu AMO a Bossa Nova? (Ah... Música Brasileira que me fascina!!)
Porque ela não segue aquela sequenciazinha de escala fácil e previsível.
Na Bossa Nova nunca se pode afirmar, categoricamente, que depois de um D(Ré) virá um G(Sol).
Os intervalos melódicos não são lineares dentro de uma escala lógica estudada e aprendida.
É sempre uma surpresa. Tudo pode acontecer.
A levada do início, que pode ser um jazz... pode, a qualquer momento, após uma pausa, se transformar num samba ou num blues... vai saber!?!

Ah... Dona Pausa...
Que poder tem uma PAUSA na música!
Imperiosa, ela traz a imprevisibilidade da mudança.
Enquanto ela acontece, sejam nos milésimos de segundos ou em sabe-se lá quantos compassos forem, nunca se sabe o que virá depois.
Ela, a PAUSA, pode levar ao início novamente - Da capo...
Como também pode fazer uma arrastada melodia virar um alegre e agitado refrão.
Imponente. Charmosa. Atribui requinte. Essa é a PAUSA.

Minhas estações sempre mudam após uma PAUSA.

Eu tentei entender. Tentei decodificar.
Tive a necessidade de “logicar” a última PAUSA.
No meio dela, eu só conseguia ouvir os meus “por ques?”...
No meio dela, eu só ouvia minhas queixas indignadas de que era absurdo eu ser fiel a ELE, o Maestro, e ter que passar por tudo aquilo...
Enquanto TUDO o que eu precisava era, exatamente, ouvir o que a PAUSA é: NADA.
PAUSA é ausência de som.
Quando um Maestro insere em sua obra uma PAUSA, o que Ele quer que se ouça?
NADA. Exatamente o que ela é: NADA.
Silêncio.

O Maestro não utiliza a PAUSA para explicar porque Ele a fez.
O problema é que ouvidos humanos são ansiosos, por natureza.
A gente não se acostuma a simplesmente ESPERAR.
No silêncio da ESPERA a gente quer explicações.
No silêncio da PAUSA a gente quer previsões.
Enquanto no silêncio da música da VIDA... TUDO o que O MAESTRO quer que façamos é CONFIAR.

Salmos 39.
" 5. Eis que mediste os meus dias a palmos; o tempo da minha vida é como que nada diante de ti. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade.
6. Na verdade, todo homem anda qual uma sombra; na verdade, em vão se inquieta, amontoa riquezas, e não sabe quem as levará." 

Quantas verdades em poucas linhas...
No meio do vazio da PAUSA, no desespero sufocante da angústia por querer respostas...
PRECISEI entender isso.
E dia após dia... Num processo de MATAR UM LEÃO POR DIA...
E ainda hoje com a certeza de que será necessário, daqui para todos os meus dias...
Fui ouvindo... no meio da PAUSA, com a paciência do Maestro...
Lições que me fizeram levantar da cama, voltar a comer, e, finalmente, apenas ESPERAR.

Uma sombra (como menciona o texto bíblico acima) apenas REFLETE alguém.
Ela não se basta sozinha. Sua própria existência DEPENDE de alguém incomparavelmente mais sólido que ela. Ela não se movimenta sozinha, não faz absolutamente nada sozinha! Ela sequer existe sozinha!

EU... sou a sombra do AUTOR da música dessa minha vida.
MEUS dias foram escritos por esse AUTOR - o mesmo alguém que eu PRECISO refletir.
Ele sonhou com cada um dos meus dias, Ele os mediu! 
Esse AUTOR foi quem fez e é o mesmo que mantém TODAS as coisas. 
“Conforme os Teus juízos, TUDO se mantém até hoje; porque ao TEU dispor estão TODAS as coisas.”
(Salmos 119.91)

Não foi fácil entender que: me inquietar não me levaria a lugar algum, e diante de tamanho poder, o que EU poderia fazer?...
Na verdade, durante um bom tempo, eu nem queria fazer nada.
Eu queria que ELE fizesse.
Mas era tempo de... PAUSA.

As lembranças das juras de amor...
As memórias do tempo investido...
As certezas dos potenciais enrustidos em quem eu aprendi a amar...
Tudo me levava ao pânico.
Pânico por ver tudo se esvaindo... Partindo... Me deixando.
Pânico por ver meus amores fazendo escolhas que os deixavam tão vulneráveis e vazios.
Pânico por me sentir impotente e “injustiçada”.
Pânico... por não conseguir sequer forçar a mim mesma a me lembrar QUEM É O AUTOR E MAESTRO da música da minha vida.

Mas no meio da PAUSA... MUITA coisa acontece. 
Ah... PAUSA....
QUANTO PODER EXISTE NA PAUSA!

Depois de uma PAUSA...
Conceitos mudam. 
Depois de uma PAUSA...
A mesma música continua.
Mas o Blues vira Jazz. A Bossa vira Samba.
E tudo o que se pode fazer é reconhecer...
Que O MAESTRO... NUNCA erra.
O MAESTRO... NUNCA perde o controle.
O MAESTRO... SABE o que está por vir.
O MAESTRO... FAZ acontecer.
O MAESTRO... ELE... MANDA. A MÚSICA... OBEDECE!

E quando a música volta, depois da PAUSA...
A gente se perde naqueles intervalos melódicos que tiram o fôlego, que fazem as entranhas se contorcerem e os pêlos do corpo se arrepiarem...
A gente ouve aquele novo andamento da música... assim... 
meio abobado...
A gente dança a nova levada da música... assim... 
completamente extasiado...
Porque é MUITA sabedoria.
É muita SOBERANIA.
É muita... MAESTRIA.

A gente percebe que... valeu a pena chorar.
Valeu a pena ORAR.
Valeu a pena se abrir para o novo.
Valeu a pena ter tomado decisões.
Valeu a pena olhar com outros olhos.
Valeu a pena ESPERAR. 
Porque ELE traz pra gente... o amor da vida.
ELE traz pra gente... o que a gente realmente precisa.

Vale a pena. A música DELE... vale a pena.

A música DELE é que faz a gente sonhar de novo. 
A música DELE é perfeita. A nossa não.
A música DELE é divina.
A música DELE tem propósito.
A música DELE é nobre. Não tem a ver com a gente.
É pra muito mais gente ouvir e se emocionar.
A música DELE é sobre o que é eterno. 
A nossa é só sobre o que vai passar.

E é aí que a gente se lembra...
TUDO aqui VAI PASSAR.
Toda a vaidade dessa vida VAI PASSAR.
Quem eu SOU, o que eu TENHO... Não tem a ver comigo!
ELE é o centro de TUDO. Dele saí e pra Ele eu vou. Estou aqui DE PASSAGEM. 

TUDO é dEle, por Ele e para Ele. 
A música da minha vida... É... ELE.

Alguns outonos. Sim, eles se foram. Outros virão. Fato.
Mas a Primavera chega. A noite passa.
Nenhuma estação dura pra sempre. Nenhuma noite é eterna.
O andamento da música mudou.
O novo compasso faz o coração bater em êxtase.

E nessa Bossa NOVA... da (minha) vida... ELE manda. 
Eu obedeço.
Meu MAESTRO. Meu AUTOR.


Nath

terça-feira, 10 de abril de 2012

O ÓBVIO. O INEVITÁVEL. A VIDA. (Mais um Outono...)

No outono passado (2011)... 
Entendi que VIVER é se emocionar... é experimentar.
Entendi que SOBREVIVER não é, nem de longe, a plenitude da VIDA.

E daquele outono ao que chegou ...
Eu... EXPERIMENTEI... na pele... (de novo)

...Gargalhadas gostosíssimas, altas e longas... a sensação de felicidade que quase levava ao êxtase, só de ouvir uma música boa... a alegria de carregar nos braços e receber o sorriso sem dente mais gostoso do universo, de um bebê lindo... 

... conversas booooas, de reflexão, cumplicidade, sonhos e até bobagens... abraços de aconchego que faziam o tempo parar... beijos capazes de elevar ao céu, sem sair do lugar... sussurros de “eu te amo”, como juras eternas de compromisso, que penetravam na alma como a mais perfeita música aos ouvidos... 

vislumbres de uma VIDA, não mais de uma metade, mas de um inteiro se unindo a outro...
EXTREMOS...

...Me encontrei com as minhas mais profundas e dolorosas verdades... descobri muitas (minhas) fragilidades... decidi enfrentá-las... tive medo das mudanças... senti insegurança... chorei por não saber o que fazer... tive raiva de não poder ser diferente, por não poder oferecer o que tanta gente oferece por aí... 

eu queria voar, sem me esquecer de onde vim, mas chegar aonde tanto sonhei... o passarinho só queria construir seu ninho...

SURPRESAS...

...Chorei  litros, rios, semanas, meses...

E é mais um outono.
As conclusões não vão mudar.


"Todos os dias é um vai-e-vem...
A vida se repete na estação...
Tem gente que chega pra ficar...
Tem gente que vai pra nunca mais...
Tem gente que vem e quer voltar...
Tem gente que vai e quer ficar...
Tem gente que veio só olhar...
Tem gente a sorrir e a chorar...
E assim chegar e partir... 
São só dois lados da mesma viagem...
O trem que chega é o mesmo trem da partida...
A hora do encontro é também despedida...
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar...
É a vida desse meu lugar... é... a vida..." 
(Encontros e Despedidas)

É mais uma estação. De trem ou de tempo. 
Não importa. O ciclo não muda.
Nem nesse outono, nem no próximo, 
nem no outro, nem nunca...

Porque VIVER, para o homem, é o risco constante e ininterrupto de vulnerabilidade e exposição ao imprevisto, inesperado e fora do próprio controle

É a MÚSICA, inédita, elaboradíssima, refinada com arranjos que sempre te surpreendem.
Arranjos só conhecidos pelo PRÓPRIO ARRANJADOR.

O homem não conhece os arranjos da MÚSICA da sua VIDA porque não foi ele quem os escreveu. 
Ele apenas executa a partitura escrita pelo Maestro que os criou (a ele e aos arranjos).

Quando a música começa a ficar tão mais intensa... Se prepare!
Pode não haver um RALENTANDO (diminuição de ritmo, velocidade) ... Pode ser que se vá direto a uma PAUSA.
Porque o que menos se espera em meio a tanta intensidade acaba se tornando o mais óbvio, para que sejam surpreendidos os ouvidos.
A PAUSA. Ausência de som. Silêncio. Vazio.

No vazio você quer entender; quer argumentar; quer mudar tudo num passe de mágica; 
quer sentir raiva; 
quer fechar o acesso pra sempre; 
quer simplesmente ser mais um na multidão, porque os valores e princípios (dEle – que você escolheu) te fazem “sem graça demais”...

No vazio não se pensa com clareza.
No vazio não há esperança de uma nova perspectiva.
No vazio nada faz sentido.
No vazio não há respostas.
No vazio não há certezas.
No vazio não há prazer pra continuar.
No vazio não há presença.
No vazio não há vontade 
(de nada, pra nada, de ninguém).

No vazio não há o que possa substituir o que se foi.
No vazio é tudo assim... 
simples e angustiantemente... vazio.
Óbvio.
Que, no vazio... deixa de ser tão, imponentemente, óbvio assim.

O óbvio seria continuar tudo como era antes de a PAUSA chegar.
Mas nem sempre a partitura continua no mesmo compasso.

Mudança de compasso traz requinte, revela a genialidade do arranjador.

Mudança de compasso causa estranheza à maioria dos ouvidos leigos e acostumados a coisas óbvias.

Nem sempre quem está a sua volta vai entender a mudança de compasso da música da sua vida. São todos meros executores das músicas das próprias vidas.

Quem EXECUTA a música não tem a “legitimidade”, não tem a opção ou permissão, para questionar o arranjador.

Executores apenas seguem o que foi escrito, decretado, determinado.

O ARRANJADOR da música da minha vida foi o professor de Mozart, Bach, Strauss, Handel, Tom Jobim, Vinícius de Moraes...

Genialidade que inspirou as mais rebuscadas sinfonias e as mais inesperadas harmonias e dinâmicas. 

Eu tentei questionar. Tentei entender. Não concordei. Não achei justo.

Esses últimos arranjos não soaram de forma agradável aos MEUS ouvidos.
Não gostei da PAUSA. 
Não gostei do ritmo. 
Não gostei de nada. #fato
Mas O INEVITÁVEL... 
aquilo que vai além do que eu queira controlar... não me resta alternativa.

Como MERA EXECUTORA dessa MÚSICA chamada VIDA... eu sei... sim, EU SEI, que me falta legitimidade pra questionar Seus arranjos. 

Cada introdução (instrumental que dá início à música) ... Da capo (comando para recomeçar) ... Ralentando (você já aprendeu acima)... e ela... a imponente: PAUSA.
Na ausência do som... no vazio que precede o próximo compasso... há espaço pra tanta coisa...

Os “por quês”, provavelmente, nunca serão explicados, muito menos entendidos.
Mas a MÚSICA da VIDA muda o compasso 
e o momento sempre é uma surpresa, 
mas o óbvio... você já sabe que ele é... inevitável.

É inevitável amar.
É inevitável sofrer.
É inevitável chorar.
É inevitável perder.
É inevitável decidir.
É inevitável mudar. 
É inevitável... crescer.

Uma hora... a gente aprende.
Uma hora... o equilíbrio te acha.
No meio do vazio. No meio da Pausa.
Entre um compasso e outro.

Você aprende... a deixar a fila andar... a deixar ir o que não quis ficar... 

... a enxugar o rosto e esperar as próximas lágrimas (porque elas virão)...  a escolher como gente grande e deixar de ser menino, moleque... 
a valorizar o que realmente importa... 
a CONSTRUIR VIDA e não apenas “curti-la”...

Você aprende que o AMANHÃ vai chegar. 
O HOJE vai passar. E só temos o hoje. 

Você aprende o óbvio.
Você entende o inevitável: Você não manda em NADA. Não é dono de NADA. Sozinho não pode NADA. Sem ELE (quem te deu a vida)...Você é simplesmente... NADA.

“ Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração." (Atos 17.28)

A Pausa te ajuda a colocar ordem no caos.
PAUSA também É MÚSICA.
Pra continuar VIVENDO... se MOVENDO e EXISTINDO... nEle... faça bom uso da Pausa.

A MÚSICA continua. Depois da PAUSA... 
talvez não mais no mesmo ritmo previsível de antes.
Mas...

O ciclo continua.
Gente vem. Gente vai. A fila anda. 
Você ama de novo. Sofre de novo. Chora de novo.
Abraça de novo. Beija de novo. Sonha de novo.
Ri de novo.
Gente vai. Gente vem.
É o óbvio. O inevitável.
.
A MÚSICA... DA VIDA.


Nath










terça-feira, 6 de setembro de 2011

A VERDADEIRA TRISTEZA


Eu achava que me relacionava bem com o Espírito Santo.
Percebi que não.
(Acho que nunca escrevi algo com tanto pesar.)

Talvez, muitos, hoje em dia, estejam no mesmo lugar em que eu estava.
Parece que basta “saber” que existem O Pai, O Filho e O Espírito Santo.
Parece que basta apenas ir à Igreja uma ou duas vezes por semana.
Parece que basta se dirigir ao Espírito Santo apenas na... “Conferência do Espírito Santo”.

Quando PRECISEI pensar de forma madura a respeito do Espírito Santo, percebi...
Eu O negligenciei tantas vezes. Eu O entristeci tantas vezes. Eu deixei de ouvi-lO tantas vezes.
Mas o mais importante que percebi: Ele me amou e continuou comigo TODAS essas vezes.

Percebi também que, por muito tempo, eu quis trocar o que Ele tem comigo... por uma vida NORMAL.
Eu DESEJEI muito... ser aceita... ser amada...
Eu me PERGUNTEI muito: por que, pra tantas pessoas, é tão fácil levar e ter uma vida NORMAL?
Eu CHOREI muito... e quase disse a Ele que preferia não ter a Unção.

Eu só queria... ser diferente, ser mais bonita, me encaixar nos padrões...
Eu só queria uma vida... MINHA profissão, MINHA casa, MINHA família.
Eu só queria A MINHA vida... Uma vida NORMAL.

Eu era TRISTE. Acordava triste. Dormia triste.

Mas ainda bem que... O AMOR é paciente. (1 Coríntios 13)
E por causa desse AMOR, Ele, O Espírito Santo, NUNCA me deixou, de fato, trocar o que Ele tem comigo por NADA nem NINGUÉM.

O que Ele tem comigo?
Eu não sei te explicar.
Só sei que...

EU TENTEI ENCONTRAR ALGUÉM QUE ME FIZESSE, ENFIM, FELIZ
AQUELE ALGUÉM QUE ME DARIA O AMOR QUE UM DIA EU TANTO QUIS
HOJE EU SEI... SÓ VOCÊ PODE ME COMPLETAR
PORQUE... VOCÊ... ESCOLHEU ME AMAR
E APESAR DE QUEM EU SOU OU QUE TENHO, NADA IMPORTOU
O SEU AMOR VAI MUITO ALÉM DO QUE RECOMPENSAR...

E HOJE SÓ TE QUERO, TE VENERO, EU ME ENTREGO A ESSE AMOR
QUE ME FAZ TODAS AS MANHÃS ME ESFORÇAR PRA SER ALGUÉM MELHOR
COMO VOCÊ
JESUS, TE AMO, ME DEVOTO A TE AMAR TODOS OS MEUS DIAS
NADA MUDARÁ O MEU... MELHOR ROMANCE QUE É: VOCÊ

COMO EU QUIS ESQUECER TODAS AS VEZES QUE CHOREI PORQUE...
ALGUÉM LEVAVA UM PEDAÇO DO MEU CORAÇÃO SEM DEVOLVER
O QUE EU SEMPRE SONHEI EM EXPERIMENTAR
E SÓ... VOCÊ... ACEITOU O AMOR QUE EU TENHO PRA COMPARTILHAR
E O VAZIO QUE EU SENTI SE FOI
VOCÊ ME FAZ TODOS OS DIAS ME APAIXONAR.
(Melhor Romance – Nathalie)

O que Ele tem comigo??...
... (suspiro)

Eu entendi que uma música como MELHOR ROMANCE não é NORMAL.
Entendi que... Um Chamado que não terá resultados NORMAIS não pode ser vivido por alguém... NORMAL.
Pra compor uma música que não é normal... eu não podia ser... NORMAL.

Percebi, ainda, que eu só ficava triste por não ser NORMAL... enquanto estava olhando... PRA MIM. #omeuumbigo
Quando entendi que levantar da cama todos os dias não deveria ser POR CAUSA de MIM...
Não ser NORMAL deixou de ser uma tristeza.

A tristeza passou a ser a situação daquilo que, hoje, chamamos de IGREJA.
A tristeza passou a ser a inversão de valores dos jovens da nossa geração.
A tristeza, agora, é pelas vezes que eu quis ser tão... egoísta... tão... medíocre.

Ao reler o livro HERÓIS DA FÉ, de Orlando Boyer, fui tomada por um sentimento de angústia.
Angústia por ver que o que aqueles homens experimentaram em suas épocas passou a ser tão distante de nós... a IGREJA do século XXI.

Homens... como nós. Nem piores, nem melhores. Homens, imperfeitos como nós.
Mas homens que entenderam o que é se RELACIONAR com o Espírito Santo.

A minha tristeza passou a ser a ignorância da IGREJA de hoje, que nem sabe por que e por causa de quem ela existe.
A tristeza passou a ser ver que os jovens da nossa geração NÃO oram.
Não se ensina sobre a IMPORTÂNCIA da ORAÇÃO.
Nossos jovens não conseguem orar por mais de 10 minutos.
Isso QUANDO oram... porque a grande maioria sequer sabe o que é ORAR TODOS OS DIAS.

Nossos jovens se preocupam com as coisas da moda, os telefones da moda, os computadores da moda, as roupas da moda...
Como bem concluiu uma de minhas amigas: As meninas de hoje se preocupam mais com a BELEZA do que com a INTELIGÊNCIA, porque têm visto que os meninos de hoje ENXERGAM mais do que RACIOCINAM.
Os meninos de hoje saem por aí conhecendo uma menina por mês... Se envolvem emocionalmente, e no final... cada uma é apenas mais uma da lista.
E o pior... não conseguem ver nada de mais nisso.

Meu Deus... o que é isso??
Onde vamos parar desse jeito??!
Nossos jovens se envolvem em relacionamentos precipitados, porque deixam suas emoções gritarem tanto e dominarem suas ações inconseqüentes.
A “desculpa” sempre é a mesma: “DEUS ME FALOU...”
Falou o que?
Como se sabe que foi ELE quem falou?
Jovens que NÃO ORAM!
Como reconhecem a voz de alguém com quem não têm intimidade?!

O pior é isso... ACHAM que sabem.
E no meio dos achismos... tantos MINISTÉRIOS têm sido abortados porque nossos jovens se guiam pelo que vêem e pelo que sentem, ACHANDO estarem sendo guiados pelo Espírito Santo.
Senhor!!!
A VERDADE PRECISA ser ensinada!
Alguém precisa lhes dizer que a única forma de se reconhecer a voz do Espírito Santo é sendo íntimo dEle!!!
E a única forma de se entrosar com o Espírito Santo e construir INTIMIDADE com Ele é através da: ORAÇÃO.

PRECISAMOS ORAR!!!!!

A Igreja Primitiva entendia o PODER e a IMPORTÂNCIA da ORAÇÃO.
Por isso ORAVA INCESSANTEMENTE. Por isso experimentava o sobrenatural de Deus.
Precisamos entender que a IGREJA Primitiva era eficaz por causa da ORAÇÃO, por causa da comunhão que tinha com o Espírito Santo!

Hoje... quase não vemos os 2 resultados principais e inerentes ao EVANGELHO de Cristo:
1) Sinais... e... 2)Conversões genuínas.
Hoje... os enfermos entram em nossas “Igrejas” enfermos... e saem ENFERMOS. Pra nós se tornou natural pessoas entrarem nas Igrejas em cadeiras-de-rodas e saírem nelas.
Hoje... passamos meses sem que pessoas recebam a Jesus em muitas “Igrejas”, mas mesmo naquelas em que todo culto alguns vão à frente para receber a Jesus, meses depois, muitos desses que foram à frente não persistem na fé e voltam às mesmas práticas do pecado de antes.
Hoje... a “Igreja” passou a ser um Point.

Que Deus tenha misericórdia de nós!!
Que Deus ache em nós... ao menos alguns... dispostos a serem incendiados pelo Espírito Santo, pra que o fogo aceso em nós alcance outros.
Que Deus abra os nossos olhos para o verdadeiro EVANGELHO de Cristo, e não um Evangelho adaptado à modernidade do século XXI.

Que Deus ache em nós CORAÇÕES e ATITUDES como daqueles homens (John Wesley, Guilherme Carey, Jonatas Edwards...)...
Corações conscientes de que POR CAUSA DE CRISTO estamos na terra.
Atitudes de entrega de seus dias, hábitos de ORAÇÃO DIÁRIA, devoção e consagração ao Espírito Santo... e que a nossa geração experimente o fogo do verdadeiro AVIVAMENTO que já está dentro de nós. Ele se chama ESPÍRITO SANTO.

Acha-nos, Senhor.
É a minha oração.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ESPERA.

Acho impressionante como Deus nos ensina em TODAS as coisas.

Impressionante, também, é a capacidade que temos de não entender. #fato.

Às vezes, passamos tanto tempo esperando que algo especial aconteça...
E quando digo tanto... é tanto mesmo. rs
Mas a espera pode causar muitos efeitos em nós.
Cansaço, tristeza, auto-rejeição, complexos de inferioridade, incredulidade, medo.
Efeitos estes que nos impedem de reconhecer o “algo especial” quando ele chegar.

A espera pode se tornar uma doença.

“A esperança adiada desfalece (ou faz adoecer) o coração, mas o desejo atendido é árvore de vida.” (Provérbios 13:12)

Desfalecer = perder as forças; diminuir de brilho ou de intensidade; esmorecer; definhar.

A espera pode se tornar uma prisão.
Ainda bem que ela apenas “pode”. Não é.

Quando todos os efeitos da espera começam a montar em nós, nos abraçando quase que de forma sufocante... há apenas uma saída.
Ele, A ÚNICA saída. Jesus.

No meio desse abraço sufocante, muitas vezes, nem falar conseguimos. Tudo o que dá pra fazer é olhar pra Ele.
E nesse olhar, Ele, e só Ele, entende a única palavra que expressa de forma objetiva o que queremos dizer: SOCORRO!

“Elevo os meus olhos para os montes; de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra.” (Salmos 121.1,2)

E quando olhamos para Ele... NADA mais é preciso, além de nos abandonarmos ali mesmo, sem forças sequer pra chorar. Porque qual o pai que suporta ver seu filho pedindo socorro e ficar inerte?!
Ele vem. O Pai vem.

A sensação deixada por todos os efeitos da espera pode até se comparar a uma surra.
Mas ainda que estejamos surrados e cheios de marcas deixadas pela espera...
O Pai... Ele nos envolve com O AMOR mais perfeito.
O AMOR que lança fora TODO medo.
E aí... sutilmente... do jeito mais lindo e doce, como só Ele sabe fazer...

Você se deixa levar pela PAZ que excede TODO entendimento.
Você passa a reconhecer que o “algo especial” pode ter chegado, e aí você não pode deixá-lo ir, por mais marcado que você esteja.
Você percebe que o mundo não acaba se você toma mais uma surra da espera.
Você até pára de temer as surras.
Você se dá conta de que... no mínimo, da surra, pode sair mais uma música... e, no máximo, você pode, por exemplo, ter encontrado o amor da sua vida.

Você entende que a esperança é a ferramenta de Deus para produzir em nós a expectativa para aquisição daquilo que se deseja ou daquilo que foi prometido.
Você se levanta tão consciente de que NÃO depende de NINGUÉM, além dELE... O Lindo e mais (único) Perfeito Homem que existe: Jesus.
E aí... você até olha para mais uma surra que, porventura, te ameace... e diz pra ela: “pode vir.”

Porque você entende que “TODAS as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, os quais foram chamados segundo o Seu propósito.” (Romanos 8.28)

“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,
E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.
E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
(Romanos 5.3-5)

Quando olhamos para Ele percebemos que todos aqueles efeitos da espera só vêm sobre nós porque NÓS permitimos.
Eles só vêm porque estamos olhando para onde não deveríamos.
Olhamos para o que não é ou não está como nós gostaríamos...
Nos esquecemos (pela bilionésima vez) de que NINGUÉM é perfeito, além dEle, O Lindo, Jesus.

Quando olhamos para Ele, O Lindo... voltamos a entender que precisamos nos mover e tomar nossas decisões baseadas na convicção louca para a mente e olhos humanos.

Voltamos a entender que “Tudo fez Deus formoso a Seu tempo; também colocou no coração do homem a ETERNIDADE...”
(Eclesiastes 3.11a)

E nos lembramos de que... se O ETERNO colocou de Si mesmo em nós... somos seres eternos.
Se somos seres eternos... apenas podemos nos guiar por aquilo que diz respeito aO ETERNO.

Os valores dO ETERNO...
Os conceitos dO ETERNO...
Os princípios dO ETERNO...
Os planos dO ETERNO.

Olhar para O ETERNO só tem um resultado: confiança.
Confiança no que O ETERNO prometeu.
Porque as Palavras dO ETERNO só podem ser eternas.

E aí... você... simplesmente CONFIA.
Você ESCOLHE confiar.
Porque seus olhos estão... nO ETERNO.

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram à mente do homem, são as que Deus preparou para os que O amam."
(1 Coríntios 2.9)